acma1953

registro: 03/01/2011
I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
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Último jogo

Elogios às mulheres...


A maioria dos homens que tecem elogios às mulheres, são por vezes tão desastrados nos "piropos" (cantadas) que se tornam ridículos, mas também existem os que tecem um elogio bem agradável, mas a destinatária não entende. Tem de tudo um pouco, vamos ver algumas situações, mas aconselho antes de mais que:

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Vejam este ahahaha

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Será um elogio ?????

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Estas são de difícil digestão n18.gif

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Que coisa hein... este precisa de aulas 

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Ele tem razão???

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Que coisa, este é mesmo infeliz. Isso é lá coisa que se diga a uma mulher afff

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Porque será que não gostam n12.gif

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Faz bem para os olhos?? mostra 

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Um castelo de...tretas


Contaram-me este fim-de-semana uma história real, que achei por bem partilhar convosco.

Doutor X, médico de Lisboa, em visita ao Algarve por motivos de um Congresso, combinou com alguns colegas locais uma visita nocturna ao então lugar da moda, a Casa do Castelo. Como cada um tinha os seus afazeres, combinaram encontrar-se ‘por lá’. Chega o Dr. X, sozinho e de táxi à porta de tão ‘monárquico’ local, para ser informado pelos guardas do Castelo que não podia entrar.

 





 CASTELO DE GUIMARÃES, BERÇO DE PORTUGAL


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AQUI NASCEU PORTUGAL


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ESTÁTUA DO REI D. AFONSO HENRIQUES, O FUNDADOR DE PORTUGAL

Razão oficial: estava sozinho. O Doutor tentou explicar que não era de lá. Que tinha vindo de Lisboa e gostava de conhecer o local. Que tinha uns amigos que já estavam lá dentro, a fazer parte de todas as festividades palacianas que por lá haviam. Os guardas do Castelo, fieis às ordens, sublinharam de forma peremptória a sua posição:

- Sem companhia não pode entrar.
Ora o Doutor, que nunca antes tinha sido privado de aceder a qualquer corte, levou a peito esta razão, e toca de apanhar um táxi para o centro de Albufeira, onde foi buscar a tão necessária companhia para poder fazer a sua aparição na festa.
Chega, já acompanhado novamente à entrada do Castelo, e fala com o guarda que lhe tinha vedado a entrada:
- Muito bem, já estou acompanhado. Posso entrar agora?
- O amigo desculpe – diz ele enquanto observava a ‘dama’ de alto a baixo, com cara de reprovação, e um certo ar de gozo -, mas a sua companhia tem um ar duvidoso.
- Duvidoso? – perguntou o Doutor espantado – Mas qual é a sua dúvida? É uma puta, não tem nada de duvidoso.
E pronto, o Doutor e a sua acompanhante entraram, ele pagou-lhe um copo e o táxi de volta, e lá ficou, na festa da corte com os seus amigos.
Morais da história:
1 – Se isto fosse um filme e ela fosse a Júlia Roberts, tinha consultas de graça até ao fim da vida.
2 – Às vezes é melhor chamar as coisas pelo nome, para que não hajam dúvidas.
3 – Afinal, hoje, como no passado, a entrada nos castelos não é só para princesas...


Os diálogos acima escritos foram recriados de forma tão fidedigna quanto possivel, dado que são a transcrição escrita do relato de um relato.
A palavra puta aparece totalmente escrita e não p*t* como eu costumo fazer, para não perder a graça


https://www.youtube.com/watch?v=gEWlUg2_XkQ





Homenagem ao amor e a MEC

Porque qualquer dia é bom para homenagear alguém, hoje faço essa homenagem a um escritor "tuga" que é um romântico como eu, MEC - Miguel Esteves Cardoso,  mas também porque qualquer dia é bom para homenagear o amor! 
Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.


https://www.youtube.com/watch?v=EwcE-b4KufM



Entretanto já morreram os dois.....

Ele vivia angustiado com a carga de um desejo permanente que não podia satisfazer. Desejava aquela mulher, sonhava-a acordado e a dormir mas passava a vida a fingir precisamente o contrário. Porque ela era casada, e era filha de gente abastada, pessoa muito importante a quem jamais arriscaria manchar a reputação.

O quanto a queria tentava sempre disfarçar, por muito que mal conseguisse reprimir o abraço apertado de cada vez que se cruzavam e lhe estendia a mão para a cumprimentar.
Passava horas a olhar no infinito o rosto e o resto da sua tentação adolescente transportada sem abrandamento até aos seus dias encarquilhados de ancião.
Ela sofria em silêncio a saudade insistente que a dominava quando o percebia ausente em qualquer um dos seus dias. Era dele a cara que imaginava quando ao marido se entregava picando o ponto de uma pálida relação. Olhos fechados na escuridão que exigia nas poucas vezes que o seu amante legítimo insistia na cobrança do seu quinhão matrimonial de prazer. Não a via como mulher mas apenas como uma fêmea disponível, obrigada a cumprir.
E ela consentia por saber que jamais ousaria vestir a terrível pele de qualquer uma infiel das que ouvia criticar e não duvidava do ostracismo a que um divórcio a iria condenar junto do seu meio social.
Passava horas a chorar o desgosto e definhava-lhe aos poucos a alma enquanto envelhecia privada da pele mais desejada que algum dia tocara na sua mão.
Entretanto já morreram os dois.

https://www.youtube.com/watch?v=9RqBXOSI2F0

O meu Pai, um livro, uma árvore. O teu filho

Dizem que um homem só é homem quando: plantar uma árvore; escrever um livro; tiver um filho…

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Recordo, com muita saudade, que nem as lágrimas atestam, alguns passeios que, há mais de 55 anos, CINQUENTA e CINCO anos,  leram bem, dava com o meu pai! Grande parte destes passeios aconteciam, ao fim de cada dia, menos prolongados, ou nas férias quando visitávamos a aldeia onde moravam os nossos avós. Na qualidade de criança, eu, na altura, claro que conhecia todas as crianças da terra e quando chegava o Sábado, já estava pronto (há cinco dias) para passar o ‘fds’ a brincar com os ‘putos’ da minha idade. Isso aconteceu um número de vezes que é impossível registar aqui, porém, não raras foram outras em que, estando eu em plena diversão colectiva, qual jejum de toda uma semana daqueles amigos, o meu pai aparecia (para ir dar a sua volta por algumas quintinhas da família) e, interrompendo o meu êxtase, me perguntava se queria ir com ele. Não me recordo de dizer que não, há-de ter acontecido, claro, mas não me ficou gravado na memória. Tal como na memória não me ficaram gravados estes passeios… estes passeios ficaram-me gravados no coração, porque é lá que guardo tudo o que é eterno!

Seguíamos, então, caminhando lado a lado, eu num esforço de atleta para acompanhar o ritmo do meu pai, no nosso passeio. Lembro-me que o enchia de perguntas! Não tenho presente o teor da minha curiosidade, mas como esta era geral (não fosse eu uma criança), fácil se percebe que, se eu lhe perguntasse algo do género: - ó pai, isto é água? – Antes que ele pudesse responder, já eu estava a perguntar se ‘aquilo era vinho’! Foi uma época mágica, e é a imagem da minha infância!
Os anos foram passando e houve prioridades erradas que me começaram a ter, se é que me entendem…
Adolescência, amizades que afinal não são, influências, enfim, uma sucessão de factos também conhecida como; vida, que acontece a toda a gente, mas que toda a gente gere de modo diferente.
Nesta fase o meu pai deu-me várias ‘respostas’, sem que eu tivesse feito perguntas… ‘respostas’ a que não dei ouvidos ‘de ouvir’! Afinal, eu já era um homem, e como homem que era, fiz muita, desculpem o termo, merda! Mas essas são outras contas.

Hoje, lembro quando dávamos aqueles passeios na aldeia e, enquanto escrevo estas linhas, não impeço, nem tento sequer, segurar uma lágrima que quer cair ao recordar o meu sorriso, o meu eterno sorriso de criança, orgulhoso, feliz, a passear ao lado do meu pai.
O meu pai, infelizmente, já não acorda todas as manhãs para ‘escrever’ a cada dia uma folha na sua vida. Nalgumas páginas desse Livro, estão também os dias que passou a cuidar das Árvores que plantou num belíssimo pedaço de terreno que possuía. Quanto ao filho…

- Gostava de ser hoje, com a idade que tinhas naquela altura, o que então já eras! Bem sabes que, na mesma turma, um professor tem o aluno que tira 20 Valores e o que tira 8! O teu AMOR, a tua paciência, deu-me tudo o que tenho de bom na pessoa que sou. Se hoje não sou melhor é porque ainda não o soube ser, mas vou lá chegar! Não sei se, para ti, onde tu estiveres Pai,  algum dia terei sido, sou ou serei filho, não no sentido biológico da palavra, mas tenho orgulho em te dizer que, em ti, tive, tenho e terei sempre um pai! Obrigado por, na maior parte da tua vida, teres abdicado de seres tu, para teres sido eu! Amo-te, Pai.

https://www.youtube.com/watch?v=pluXNlX7DdY