Viver realmente e como nadar contra a maré. No começo damos braçadas e mais braçadas e parece que nem saimos do lugar. o afã de se chegar a algum lugar ou de sair daquele lugar e grande, o vigor físico ainda é satisfatório e as braçadas continuam. vencidas as ondas, ainda teremos as correntes marítimas que hora nos impussionam à frente noutras nos puxa prendondo-nos no mesmo lugar. Então acançamos a calmaria e já um tanto exauridos, paramos e deixamos que a água nos leve e ai vemos que nos distanciamos a cada momento mais da praia e mesmo tentando voltar, não conseguimos, pois o vigor já não existe mais e mesmo lutando cada vez mais contra a força das aguas, nos afastamos da praia, dos amigos de nossas alegrias e nadamos sendo levados pelas aguas da vida, carregados de lembranças de fatos que nem demos tanta importância de lembranças de pessoas que se perderam nas ondas e nas correntes marítimas... e nadamos quase de maneira imperceptivel, rumo ao desconhecido... rumo ao inevitável.
Wellington de Paula
