acma1953

registro: 03/01/2011
I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
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Último jogo

Despedida

Bom dia a todas e todos que fazem o favor de serem meus amigos e que têm a "pachorra" vulgo paciência de me ler, pelo que agradeço. Como já venho a referir há alguns dias vou ser sujeito a uma cirurgia nos próximos dias pelo que a minha presença aqui vai deixar de ser uma constante. Muitos problemas pessoais me têm assolado nestas últimas semanas, pelo que vou aproveitar esta paragem obrigatória para reflectir, ponderar e tentar encontrar as melhores soluções e a melhor via para seguir em frente e resolver muitos desses problemas. Não sei quando voltarei, e só não digo de imediato que não volto porque me viciei aqui neste espaço, e mais concretamente nas amizades que criei, porque outras que pensava ter enraizado foram aos poucos decepcionando, por isso escrevi o texto abaixo. Para todos os efeitos, e como não vou ter acesso fácil à "net" terei de usar um celular, o que dificulta qualquer acção. Por esse facto, quem quiser saber se ainda estou entre os "vivos" rsrsrsrs, pode contactar me pelo skipe ou msn.

Não se esqueçam de mim, diferente de sonhar comigo  porque eu posso tornar me um pesadelo rsrsrsrsrsr.

Despeço me então e desejo a todos as maiores alegrias nas vossas vidas.

Como dizia o grande Raul Solnado, façam o favor de ser felizes  

 

De tanto tratarmos mal quem nos trata bem, estamos com isso a afastar as pessoas. Quando a atitude muda de forma tão acentuada e notória, é quando nos apercebemos que afinal não seríamos tão importantes assim. Onde existia amor, passa a morar a dor e mágoa, e nem uma possível amizade resistirá. Onde existia amizade, passa a existir um vazio. E tudo termina ali.   O pior é que quem o faz nem se apercebe ou o faz deliberadamente, e quando se dão conta do erro e o tentam corrigir, é tarde de mais

Produzo prosa ao sabor das marés, ciclos de lua, de amores e desamores. Inflamo o teclado de paixões e amores, de humor e tristeza, antigas ou novas descobertas e admirações embevecidas, crenças e projectos tanto quanto me esqueço, por longas temporadas, que a escrita costuma ser um bálsamo que me apazigua as maleitas. Funciono assim, aqui como na vida, por rompantes de emoção que me levam a paraísos ao virar de uma esquina, revelam mundos encantados descritos por entrelinhas de uma canção ou, tão somente, atiram para o conforto de um sofá embalado pelo som distante de uma música. Desiludo-me muitas vezes, já não tantas quanto antes mas ainda mais que aquelas que deveria. Sempre que um projecto morre antes de nascer, quando um dia de sol se transforma em chuva triste ou em todas as raras ocasiões em que alguém mostra ser quem não parecia. Essas são as perdas que mais marcam, logo depois daquelas físicas de verdade, em que chega o fim da matéria será que habita nela a alma? e parte para o desconhecido alguém que muito amámos. Tenho das duas, no meu livro de viagens pela vida. Nenhuma se esquece, adormece ou perde a força. Só se aprende a escondê-las em gavetas para, por momentos, parecer que não estão lá, e isso faz-me medo, faz-me medo perder pessoas. Eu não gosto de toda a gente, e penso que sou uma pessoa de trato fácil, não tenho mau feitio, nem faço muitas ou grandes birras, até amuo e entristeço com facilidade, mas escolho as pessoas e quando decido gostar delas ponho nisso o coração.Todo.

Trago-as para a minha circunstância, defendo-as e torno-as indispensáveis na minha vida. Não preciso de estar com elas todos os dias, não telefono, por vezes nem respondo mas gosto delas com os dois ventriculos na mesma. Se de repente sinto que uma pessoa se está a ir embora, seja por qualquer razão, até em casos em que a culpa seja minha pela fraca manutenção que faço ou dou, dói-me o coração inteiro. Normalmente tento inverter a situação. Procuro, tento recuperar o que perdi e até insisto mais do que deveria. Depois de muito insistir, arrumo a coisa, e tento habituar-me à ausência. Como diz o ditado, "quem não aparece esquece". Lentamente a coisa fica menos dolorosa, e chega finalmente um dia em que quase não se sente, e quando acaba, se for intenso e genuíno, seja qual for a consciência que tenhamos ou os motivos reais para justificar-lhe um fim, não há fuga possível ao vazio que se instala e nada consegue preencher.

As nossas culpas, as de terceiros, nem mesmo os desígnios divinos colmatam com explicações desnecessárias uma perda que sentimos irreversível, quaisquer que sejam as circunstâncias que a provoquem.
A nossa felicidade fica sempre comprometida perante as dúvidas, as mágoas, os remorsos, os desprezos até. E acima de tudo pela saudade de quem se amou ou apenas, egoísta, da força e da beleza da emoção que se sentiu e nunca será repetida ou reproduzida na íntegra.
Ninguém resiste incólume à extinção de uma violenta e avassaladora paixão, ao frio interior que resta quando um amor chega ao fim e temos a noção dessa realidade maldita, enfrentamos a desistência de um compromisso que se firmou mas um dia deixou de valer a pena.
Impossível de contornar, tudo isso mais o colapso (sempre) prematuro de algo que desejamos eterno, imortal, utopia.
Por isso, e por quanto possa soar paradoxal ou fatalista, a única garantia de um final verdadeiramente feliz para um grande (grande) amor é o luto com honras fúnebres de quem o viva.

Mas, "The show must go on"

https://www.youtube.com/watch?v=Sc9mk8KDEqM

 

E por isso " I have nothing" 

https://www.youtube.com/watch?v=nqKC3wwXwNk

 

Quando de amizade e amor se trata "Goodbye my love good bye"

https://www.youtube.com/watch?v=PQQ7Cmr6tkc