Manas
Até que...meus olhos se fechem hei de contemplar a beleza, até mesmo aquela que se esconde, na feiúra de traços rudes pois com toda a certeza,
no interior de quem se acha feio mora um mundo de ternura aguardando apenas que alguém traga as chaves da porta do coração desvelando o espelho interior. Até que...meus pés me levem a trilhar caminhos os mais diversos conhecendo gente que é gente, lugares pitorescos e bucólicos, tradições e costumes diferentes, ora pisando na beira do mar, ou nas pedras da encosta, ou mesmo na barranca do rio, até que o cansaço me vença e descanse à sombra dos arvoredos.
Até que...meu corpo agüente o tempo, e a mente se conserve lúcida, hei de cultivar o amor maior encontrando a bondade das criaturas,
tentando semear alegria e entusiasmo. Meu caminhar agora sereno e firme não mais teme os vendavais e nem mesmo as tempestades pois sabe que o arco-íris desponta colorindo cada novo dia.
Até que...o coração palpite forte irei andarilhando pela vida afora, na mochila a colcha da esperança, que me irá cobrir nas noites frias e um cantil de água cristalina que me refresque nas tardes quentes, e claro...não poderia esquecer nesta jornada inquietante um livro de utópicos poemas, em que a paz, a justiça e o amor concretizados, materializam o grande sonho da humanidade.