Ao desenhar o teu corpo com o olhar de contornos percorridos aos poucos para forçar na minha memória os traços permanentes de tão magnífica visão.
Moldar o teu corpo com as mãos, pressionando a carne com os dedos que a agarram como um náufrago abraça uma tábua de salvação e depois passeiam, em dedinhos de lã, pela linha costeira da tua beleza traseira que se arrepia como se beijada por uma brisa fresca no final de uma tarde de Verão. Aspiro o teu corpo com o olfacto numa variedade de fragrâncias que se espalham no acto de libertação de uma pele dos trapos que a impedem de respirar numa essência de desejo no teu perfume intenso de mulher.
Saborear o teu corpo com a língua, a pele macia em emissão contínua nos transmissores que enviam à mente e seus sensores as ondas de choque variáveis, pois nos pontos mais sensíveis cada toque desperta no corpo a energia contida de duas placas continentais e ouvir esse corpo gritar ainda mais o prazer na voz alterada de mulher quando nela se produz algo parecido a uma explosão interior, no som de quem faz o amor mais ardente a um ritmo alucinante e se entrega por inteiro a um momento irrepetível na pauta das emoções.
Amar o teu corpo com o coração e estimular-lhe a tesão mais completa na humidade espontânea da mente erecta pela paixão que o romance atiça num fogo que se espreguiça pelo olhar até o vento soprar de uma boca que beija esse corpo que deseja deixar-se consumir pelas chamas crepitantes, o cheiro a queimado de amantes no lençol encharcado pelo rescaldo que o reacendimento implicou.
E mesmo assim não se apagou, o amor ardente e trepidante promovido a almirante nessa noite de vontades latentes num fogo de lareira ondulante.
Foi nesse instante que o sexto sentido de chama ardente de desejo incontido e flamejante, explodiu.
Amo este amor fulgurante de murmurios sussurrados.
Último jogo