A noite cai neste inverno "tuga", e de mãos dadas atravessamos o breu. Cortamos o frio seco de Inverno, e vimos as nossas almas abraçadas à beira-mar. Sussurramos palavras que o vento nos diz ao ouvido nesta noite romântica, de beijos e abraços. Conversamos do amanhã que nunca mais chega, do ontem que nunca vivemos realmente, do presente que não passa mais do que um sonho. Soltei uma lágrima quando disseste que o medo abraça a tua alma, e eu que tento alimentar a realidade neste sonho que não sei deixar de sonhar. Disse-te que eu não era de ninguém, mas sim do AMOR, do nosso. De mim, podes esperar a imperfeição, não sou perfeito e perderia a piada humana se o fosse. Sorriste quando to disse
e oh, o teu sorriso, faz-me brilhar o olhar, qual luar. Também tu
disseste que tudo seria simples se eu fosse um sonho porque a realidade assusta-te, e eu respondi que não sei ser um sonho mas posso tornar os sonhos em realidade, basta querermos e acreditar
mos.Todos nós podemos fazê-lo, mas o importante aqui não é todos, somos nós.
Ainda a sonhar peguei-te nos braços, protegi-te do vento, das sombras das lágrimas. Do medo e receio da realidade, e a dor da tua alma fechei-a no peito. Encostei-te a mim, beijei-te com um ramo de flores numa das mãos e noutra um poema de amor dedicado a ti. Murmurei breves palavras de amor ao teu ouvido e soletrei com todas as letras o quanto significavas para mim, para que não te restem dúvidas.
Nesta noite, o Céu tinha a magia espelhada pelas estrelas, entre elas a mais brilhante és tu, que me iluminas cada noite e cada dia. Os teus olhos brilhavam, e eu transpirava com todos os nervos à flor da pele. Perguntaste-me se eu sabia falar a linguagem das lágrimas
e eu respondi que nunca fui sábio nem poeta, apenas um simples ser humano que procura o amor para amar. O teu amor, que não busco outro.
Questionaste se eu sabia onde viviam os sonhos
e eu respondi que nunca tentei descobrir onde os sonhos vivem porque eu faço parte da realidade e que por isso acordei com uma lágrima seca no canto do olho. Assim sou eu... Aonde quer que eu vá, levar-te-ei nas minhas asas. Nos meus poemas, nas minhas lágrimas, dentro de mim, sabes que a raiz do amor deve ser sempre regada com a água da esperança... Espero por ti? Num lugar desconhecido? Num momento que não me pertence as minhas lágrimas beijam o chão e em cada asa minha, escrevi o teu nome. Se não amo, não posso voar por isso o sonho tem que se transformar em realidade, depende de ti meu amor.
Assim sou eu
sem ti, sem mim, restam-me as minhas asas, asas de anjo, asas do amor. Não quero o tempo, quero o momento, não quero a tua dúvida, quero a tua certeza. Não posso voar se duvido do que sinto. Do que sentes e queres. Não saberei voar se recusares a realidade de amar. Vem amor, vem voar comigo, tal como Ícaro voarei contigo até ao Sol, mas não como ele, sem asas de cera mas com corações unidos e almas que nos transportam onde quisermos. Vem minha Lua, minha Flor. Vem Fer, amo te
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