No centro do meu céu, estás tu, menina linda e feliz como sempre te conheci. És a estrela mais linda a única que pinta de cor um céu vazio de luz e de sons.
Um céu amorfo onde habito, e onde sou apenas um grão de poeira à espera que um corpo maior me chame e me puxe com a sua força para junto de si.
És como um sol que me ilumina e me dá energia um sol que temo por estar sempre lá, onde não posso alcançar, um sol que me dá vida sem me tocar sequer, mas que me aquece e que está sempre encostado na minha pele.
És o sonho ao acordar, quase real, tão real como o tempo que passa rápido, mesmo quando durmo e sonho contigo. Habitas o imaginário de todos nós, os que te conheceram, és como a bussola que me orienta.
No SUL, o sofrimento, o mal, a dor e o medo. O negro de te perder e o amargo de não te poder abraçar contra o meu peito.
A LESTE, a mágoa, a saudade e a nostalgia. O cinzento dos dias que passo à espera de me juntar a ti.
A OESTE, a esperança, a razão e o mar. O azul intenso que nos transporta e que nos faz sonhar sempre contigo.
Ao NORTE, estás tu. O Iman no topo, a luz, a alegria, o prazer e a liberdade de seres simplesmente tu. O vermelho do fogo no ar e o cheiro dos sonhos que tinhas o direito de transformar em realidade.
Nunca foste a lua que tanto amaste. Sempre tiveste luz própria e nunca ocultaste face alguma pois em ti sempre esteve a luz que agora está mais longe, mas que continua a guiar-me, para te ver basta fechar os olhos e para te sentir basta continuar a amar-te. Ouço-te no silêncio que é agora a tua voz e para te abraçar escrevo-te como se fosse preciso leres-me para sentires o cheiro do sal que me escorre pela pele.
És como a minha estrelinha. Posso não te ver, mas sei que estás aí.
Mesmo sabendo que te perdi....
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