A essência do Amor está na simultaneidade do riso, do olhar, do partilhar e encontrar e não na mera veleidade. Está aida na junção de dois em um na união de um em dois corpos entrelaçados por minutos trespassados em laços e enlaços tricotados em abraços de lábios cerrados, como malhas, teias e meias que se tecem e nos enlouquecem sem noção da percepção onde começa um ...onde termina o outro...
Como prolongamento de nós mesmos o Amor é pura essência... sem leme, sem velas, sem remos, nem rumo e navegando no mar das sensações as ondas arrastam-me até ti. Desembarco na enseada onde tu me esperas livre e solta ávida de mim.
Beijas os meus lábios de sal e sentes o calor da minha pele, pressentes o meu torpor ao navegares nas ondas do meu corpo, sem pressas, ao sabor da maré. Os teus olhos afogam-se nos meus e os teus cabelos ao vento valsam melodias no meu rosto. O teu cheiro sabe a maresia, pecado meu sem heresia. Os teus gemidos são cabo de tormentos são sussurros, são lamentos das horas perdidas e ausentes na praia mar.
Mergulhamos no prazer dos sentidos que a brisa leve refresca, o ...teu ...o...meu... corpo que queima,sossegas finalmente e dizes:
"Encontrei o meu Norte!"
Sorrio levemente em transe, (coro)e choro, os meus olhos reflectem o brilho da lua que sorri só para nós em múrmurio, em tom de proa quase deixo escapar: "Encontrei o meu farol!"
