Noite de Lua cheia neste verão que começa a ter dias mais longos e permitem ficar na varanda a olhar o horizonte à minha frente, e ver o mar calmo e de um azul que fere os olhos, mas algo se sobrepõe a tudo isto, ouço um som com tanta nitidez como sinto na pele o calor dos raios de Sol que se vão extinguindo, e que com a chegada da noite permitem que eu sinta a passagem da corrente de ar que me faz arrepiar em pequenos frémitos de inclinação. Só então me dou conta e tenho perfeita consciência que és tu meu Amor a sussurar ao meu ouvido. Apuro a audição, como um microfone sofisticado e sensível para registar precisamente o propagar dessas ondas sonoras que sopram e me agitam os pelos do corpo e algo mais.
E o som anoiteceu comigo, despediu-se do sol e acolheu a face iluminada de uma lua cheia de vontade de fazer parte da magia universal. Uma Lua que se sente desejada, no olhar intenso de amantes e de poetas que a reflectem como um espelho colossal resultante da soma de milhões de pequenos olhares distantes de gente a sonhar, de gente a olhar distraída do som que prende agora a minha atenção e eu a pedir-lhe para jamais parar de soprar. Sinto cada vez mais esse som no meu ouvido, és tu a respirar, e eu a ouvir esse vento numa falésia do teu peito, entretido a sentir-me feliz. Por isso é que sinto cada vez mais forte o amor que me despertas desde a primeira vez que tive o privilégio de te contemplar.
Minha Lua, és linda, aos meus olhos, e com o tempo a passar fui descobrindo em ti outros atributos que acrescentam algo mais à pessoa especial que te provas a cada dia. Nas mais pequenas exibições daquilo de que te compões e que me surpreendem num crescendo de admiração.
E são muitas as expectativas que me alimentas com essa tua forma bonita de te revelares, todas as palavras que possa escrever são poucas para te dizer o quanto te amo, hoje mais que ontem mas menos que amanhã. Amo-te florzinha