Penso em ti e beijo-te,beijo a palavra por tudo aquilo que representas, termo primeiro no meu dicionário emocional. Beijo-te afinal pela imagem que evocas, pela emoção que provocas quando te pronuncio.
E és tão simples, tão discreta, perdida na multidão de palavras que apenas soam maiores. Mais letras, talvez. Porque és o verbo cimeiro, sempre a corpo inteiro na selecção das palavras que quero amar e nas frases que pretendo usar enquanto a vida me permitir a comunicação.
Parágrafos cheios de ti, palavra, em metáforas ou analogias. Das minhas palavras que elogias, esta arte de te espalhar em tudo aquilo que olhar quem busque no que digo a palavra amor, o teu sinónimo natural.
E eu amo-te, palavra linda, por seres o que és e pelo significado que te atribuo. Por isso te incluo a toda a hora na minha expressão, preenches-me a imaginação quando busco no vocabulário a forma ideal de me pensar feliz.
A raiz etimológica não explica nem traduz o fenómeno que se produz neste homem que te afirma, peremptório, como a palavra rainha do meu prontuário posto a nu.
Essa palavra és tu.
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