Odeio quem marca e desmarca.
Odeio quem maltrata a esperança do outro,
quem não cuida da expectativa que mesmo criou.
Odeio quem afirma que não tem saída,
que surgiu algo importante, que está de mãos amarradas.
Sempre há o que fazer. Sempre podemos escolher.
Odeio quem diz que vai e depois retira a palavra.
Quem sempre inventa um senão de última hora.
Quem não banca seu desejo.
Quem finge intensidade para soar romântico.
Adiar não é esperança. Um sim pela metade é não.
- Fabrício Carpinejar.